
Depois de longos discursos na sessão desta quarta-feira, (25), os deputados estaduais decidiram requerer uma reunião com a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Acre (Aleac) para buscar solução contra a medida adotada pela Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre) de negativar juntos aos órgão de defesa do consumidor, SPC e Serasa, os inadimplentes 10 dias após o vencimento da fatura.
A causa ganhou apoio dos deputados da situação e da oposição, em um dos raros momentos de apartidarismo na casa. A discussão levantada pelo líder do governo, Moisés Diniz (PC do B), ganhou apoio entre os deputados oposicionistas, como Chagas Romão (PMDB) e Werles Rocha (PSDB), que prometeu assinar o Requerimento pedindo uma solução para a causa.
Para Moisés Diniz, a medida da Eletroacre é um ataque contra a população menos favorecida do Estado, principalmente para os que estão na linha ou abaixo da linha da pobreza. “Negativar junto ao SPC e Serasa os pobres que atrasam uma fatura de energia é fechar para ele todas as portas. Como vai ser para os que estão esperando financiar uma casa pela Caixa Econômica?”, questionou.
Moisés afirma ainda que teme que a medida que colocará com 10 dias de atraso o nome dos inadimplentes na chamada lista negra do comércio possa prejudicar também as pessoas que recebem benefício social. “Essas pessoas que recebem benefício social precisam desse dinheiro para sobreviver e elas o recebem dos bancos e o banco não lida com pessoas que estão com o nome negativado. Enquanto a presidenta Dilma está baixando os juros, a Eletroacre está intimando os acreanos”, afirma.
Walter Prado (PDT) foi outro deputado que se posicionou contra a medida adotada pela Eletroacre e afirmou que a atitude é desumana, desleal e injusta. “Os serviços prestados pela companhia não é bom, eles figuram na lista do Procon como os mais reclamados, o preço é injusto e assim sendo eles não tem o direito de cobrar com tanto rigor, sobretudo de pessoas sem condições financeiras”, enfatizou ele.
Chagas Romão (PMDB) também considerou a medida extremada e se prontificou a unir forças com os demais parlamentares para conversar com a direção da companhia para chegarem a um bom termo. “A população não pode ser prejudicada dessa maneira. Isso é um absurdo”, afirmou.
Fonte: contilnet
Nenhum comentário:
Postar um comentário