Adotando como ponto de partida uma denúncia anônima, fiscais do Instituto Chico Mendes para a Preservação da Biodiversidade (ICMbio) realizaram, na manhã de domingo (15), uma apreensão considerável de pescados no Rio Caeté. O flagrante se deu no conhecido “poço do inferno”, que fica localizado dentro da reserva extrativista Cazumbá-Iracema.
Um pescador profissional e o filho dele estavam exercendo a atividade da pesca no lugar, infringindo as normas ambientais. Ao todo, foram apreendidos 89 quilos de peixes, 14 malhadeiras e uma tarrafa. Como se encontrava em bom estado de conservação, o pescado foi doado para a Fazenda da Esperança, em Sena Madureira.
De acordo com o analista ambiental do ICMbio, Tiago Juruá, existe uma legislação que proíbe a pesca dentro das reservas para pessoas que não moram nas referidas áreas. A lei estabelece a apreensão dos materiais empregados para a captura dos peixes e também uma multa que varia de R$ 700 a R$ 100 mil.
Tiago Juruá, que participou da operação, enfatizou que o trabalho de fiscalização vai continuar e também orientou quanto à prática desse tipo de infração. “Estamos com uma equipe preparada para realizar outras operações. Quem não é morador da reserva não pode praticar tal ato, principalmente para fins comerciais”, advertiu.
Nesta época do ano, com a vazante dos rios e o surgimento das piracemas, a atividade pesqueira se intensifica nos rios da região. “Outra recomendação que repassamos é que os pescadores evitem atravessar as malhadeiras de um lado ao outro do rio, pois não é permitido. E também pedimos que procurem agir dentro da legalidade”, orientou.
As 14 malhadeiras e a tarrafa apreendidas foram levadas para o depósito do ICMbio. Como é reincidente, o pescador foi multado em quase R$ 5 mil e ainda responderá pelo crime ambiental.
Edinaldo Gomes.
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