
O deputado Major Rocha (PSDB) anunciou nesta quinta-feira, 29, que vai reapresentar seu requerimento para a realização de audiência pública em Sena Madureira para debater a violência na cidade. Em dois pronunciamentos, relatou um tiroteio ocorrido no centro da cidade ontem e nominou os parlamentares que votaram contra o primeiro requerimento.
“Nove deputados votaram contra, capitaneados por Geraldo Pereira, que atendeu à determinação de alguém da Casa Rosada. Transformaram uma demanda social numa questão política para derrotar a oposição. Ontem teve um tiroteio no centro de Sena Madureira e graças a Deus não houve mortes, mas está acontecendo uma guerra em Sena Madureira”, declarou Rocha.
De acordo com o parlamentar, este tiroteio é um reflexo de outro registrado no final de semana. “A guerra continua e eu disse que iria citar os nomes dos que votaram contra. Geraldo Pereira deu corpo ao movimento, Jonas Lima, Ney Amorim, Helder Paiva, Chico Viga, Lira Moraes, Manoel Moraes, Edvaldo Souza e outros deputados”, comentou.
Rocha afirmou que não fala em política quando pede o debate em Sena. “Falo de defender uma causa da população. Eu reconheço o empenho da polícia, daqueles que operam a segurança pública, mas eles estão impotentes. Acho que esta Casa tem que se envolver. Sei que o povo de Sena Madureira pode apontar os caminhos, não podemos ficar com os braços cruzados”, apelou.
Lamentações
No entendimento de Rocha, ao rebaterem seu discurso, os deputados da base de sustentação do governo transformaram a tribuna num muro de lamentações. “Meu pai sempre me disse que o homem tem que assumir o que faz. Sempre tenho posição firme, nunca fico em cima do muro, tenho postura”, declarou, perguntando a seguir: “Por que as pessoas não querem assumir o que fizeram?. Por que o medo, a reação por citar o nome dos que votaram contra?”
Para Rocha, muitos deputados que se pronunciaram rebatendo seu pronunciamento sobre o estado em que se encontra o município, conhecem Sena Madureira da mesma forma como ele conhece a China ou o Japão. “Falam que eu discurso para encontrar espaço na mídia, mas a oposição não tem espaço, pois a imprensa é controlada com dinheiro do orçamento do Estado, por isso votei contra o projeto de orçamento, porque destina mais dinheiro para a publicidade do que para a segurança pública”, afirmou.
O deputado afirmou que continuará fiscalizando as ações do governo, “mesmo que a imprensa não queira”, criticou deputados que possuem programas de TV e que, no seu entendimento, se preocupam mais com os programas do que com a Aleac, criticou o próprio Poder Legislativo do Acre e, finalmente, voltou a apelar para que todos os deputados votem a favor de seu requerimento que vai reapresentar na sessão da próxima terça-feira.
João Maurício
Foto: J. Simão
Agência Aleac
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