A lei que legalizou as categorias de taxi e moto-taxi, no município de Manoel Urbano, vem sendo questionada na justiça pelo taxista Leno Lopes de Lima. De acordo com denúncia protocolada no Ministério Público daquela cidade, alguns vereadores receberam até duas placas vermelhas para aprovar a lei na Câmara, enquanto ele, que afirma ser um dos fundadores da classe, ficou sem licença para continuar realizando fretes.
Quatro vereadores, a maioria do PT, são citados na denúncia como beneficiários de placas vermelhas na cidade, sendo Selma e Rubens (PT), Cledson e Carlinhos Bandeira. O denunciante argumenta que para não ficar desempregado teve que alugar a licença de um amigo.
“A vereadora Selma ficou com duas placas, os vereadores Rubens e Cledson com uma cada, e o vereador Carlinho Bandeira passou a ser taxista depois da aprovação da lei”, denuncia.
Leno Lopes reclama ainda da lentidão do MP da cidade. Segundo ele, formalizou a denúncia dia 31 e janeiro deste ano e, até o presente momento, a denúncia não saiu do papel.
No ano passado, a lei que regulamenta as categorias foi aprovada com a finalidade de conceder 13 placas para moto-taxistas e 10 de taxistas. “As placas dadas a eles (vereadores) foram cedidas aos apadrinhados, enquanto eu, que tenho sete filhos para sustentar tive que alugar uma para continuar atuando. O que mais me deixa revoltado é que sou um dos fundadores da categoria em Manoel Urbano. Foi feito um acordo entre a prefeitura, a câmara e a categoria que as placas beneficiariam os que atuavam na clandestinidade, não a eles próprios, isso é uma imoralidade”, lamenta Leno.
O espaço para a versão dos citados na reportagem está aberto.
SenaAgora.com
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