Gol contra
O senador Sérgio Petecão (PSD), organizador da partida de futebol em beneficio das vítimas da alagação, ocorrida ontem, com a participação do tetracampeão Romário (PSB), deputado eleito pelo Rio de Janeiro, politizou de tal maneira o evento que não permitiu a participação daqueles que não estão fechados com seus interesses políticos.
A vítima
Foi o caso do deputado Eber Machado (PSDC), que tencionava participar da partida beneficente.
Carrinho desleal
Ao consultar o senador, Éber recebeu entrada bruta e rasteira, para usar os termos recorrentes ao futebol: “Quem participa da base do governo está fora”, teria dito o senador.
É cada uma!
E ainda vem Petecão dizer que é o governo que partidarizou o evento...
Informação maldosa
Ao craque Romário, Petecão passou a informação inverídica e maldosa de que o governador Tião Viana seria contra a realização da partida de futebol em prol dos alagados.
Bola murcha
Sem conhecer a realidade local e os esforços pessoais do governador e do prefeito Angelim, que colocaram as estruturas do governo e da prefeitura da capital à disposição das vítimas das enchentes, Romário foi induzido pelo senador do PSD a atacar Tião Viana nas entrevistas que deu.
Drible da vaca
A verdade, nesse episódio, é que o craque dos gramados se deixou driblar pela esperteza do senador do PSD, que transformou o Jogo da Solidariedade em um evento de autopromoção e, como se pôde ver, de ataques desairosos ao governador.
Vivaldinos
Novato na política, o deputado Romário vai levar um tempo ainda para se precaver contra a exploração vexatória que alguns vivaldinos fazem de sua fama.
Olho no lance
Ainda sobre o evento esportivo patrocinado pelo senador Petecão, vale ficar de olho no destino dos donativos arrecadados ontem e que, a rigor, deverão destinar-se às vítimas da enchente.
Nada feito
O senador, espertamente, queria colocar o governo estadual como o responsável pela distribuição dos donativos.
Parceiros
Mas ocorre que o governador Tião Viana (PT), ciente da seriedade com que deve ser tratado o fruto da solidariedade da população, designou o Exército, a Igreja Católica e as igrejas evangélicas para coordenar e fazer chegar aos destinatários os donativos encaminhados pela sociedade.
Justa preocupação
A preocupação do governador se justifica por fatos ocorridos no Estado em épocas passadas, mormente no governo Flaviano Melo (PMDB), nos idos de 1988, quando Rio Branco viveu sua maior alagação.
Triste memória
A época, a comunidade brasileira e também a internacional, em um gesto de solidariedade com o povo acreano, fez chegar ao Acre grande volume de donativos.
Gatunos oficiais
Resultado: os partidários do deputado Flaviano Melo, hoje aliado incondicional do senador Petecão, desviaram os donativos, usando-os para comprar votos, quando senão para abastecer despensas de gatunos aboletados nos cargos administrativos do governo.
Sugestão da coluna
A título de sugestão ao senador Petecão, face às suas atuais companhias, é aconselhável que ele busque instituições com seriedade comprovada para cuidar da distribuição dos donativos. Do contrário, pode ver reeditado o escândalo de 1988.
Escrito por da Redação da coluna Poronga do Jornal Página 2o
30-Mar-2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário